21/01/09

Pensar? Para quê se há outros que o fazem por mim?

Muitas vezes falamos com os amigos sobre futebol sem sermos entendidos da matéria...Discutimos tácticas e opções dos técnicos, teorizamos e chegamos a soluções que, do alto da nossa sapiência, achamos serem a descoberta da pólvora...

No mundo financeiro e da gestão parece que, com a crise e sua mediatização, o vírus das "polvorite" chegou. Todos percebem à brava da crise, das suas causas e, obviamente das soluções a seguir.

Os especialistas, que já cá andam à muito tempo, não conseguiram evitá-la ou mesmo diagnostica-la antes de se tornar um óbito confirmado (perdoem-me o fatalismo).

Os "opinadores" de bancada, com cada opinião que emitem, intoxicam quem consome a "informação", made by gurus que tudo comentam. Esta é, por desconhecimento de quem ouve/lê, encarada por alguns como algum tipo de análise fundamentada, sem haver noção da insustentabilidade dos raciocínios formulados, se é que os houve, dos pressupostos inválidos tomados, resultando num processo kafkiano de produção de crítica/opinião.

Infelizmente, tal como a música pimba, fica no ouvido e quando damos por isso andamos a cantarola-la.

Conclusão: Se tivermos que dizer baboseiras, que sejam da autoria da nossa massa cinzenta, para não corrermos o risco de sermos o papagaios de serviço das baboseiras dos outros.

P.S.-Não confundir a crise que estamos a atravessar com temas da "tertúlia cor de rosa", nem com discussões filosóficas sobre qual dos três grandes do nosso futebol é o maior (apesar de todos saberem que é o Benfica).

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